Uma série de concertos e gravações para todas as idades. Concertos para violino e contos cantados. Melodias, cantigas e lenga lendas criadas a partir dos muitos mundos de Dionísio. Cada peça um conto, cada conto uma história para um corpo que se quer vivo. E para cada história surgem canções, sinfonias e sons para um violino que bebe de uma música clássica que não quer ser antiga, da música tradicional um pouco de todo o mundo e de um jazz quase esquecido: inspirado na ideia do solo, do solista e das histórias que se contam quando não há rede. Contos em malabarismo e histórias que aparecem, sempre, quando menos se espera.
Edição: 2022
O Cinema como Fator de Valorização do Território
O Gerador — plataforma independente de jornalismo, cultura e educação – traz ao BONS SONS duas conversas onde as comunidades e os territórios do interior estão no centro do debate, com moderação de Ana Catarina Veiga.
A segunda conversa, junta António Aleixo, realizador do filme Dispersos pelo Centro, e Luísa Pinto, responsável pelo projeto Rostos da Aldeia que, desde 2021, vem cartografando histórias de resistência ao despovoamento, no interior do país. Portugal tornou-se, nos últimos anos, um dos lugares preferidos dos chamados “nómadas digitais” e o centro de Portugal tem atraído não só portugueses como estrangeiros, que estão a repovoar um interior desertificado. Por que cada vez mais trabalhadores e artistas decidem fugir das cidades para o interior do país? Estará a tecnologia a promover uma maior coesão territorial e social, através de uma maior troca cultural entre o interior e o litoral do país? Como esta dinâmica se reflete numa maior visibilidade do interior na política nacional?
Como pode a arte fazer parte do dia-a-dia das comunidades?
O Gerador — plataforma independente de jornalismo, cultura e educação – traz ao BONS SONS duas conversas onde as comunidades e os territórios do interior estão no centro do debate, com moderação de Ana Catarina Veiga.
Nesta primeira conversa, estarão presentes artistas e representantes de associações que se fixam no interior e que desenvolvem projetos com a participação da comunidade local. Discute-se a arte participativa como espaço democrático que permite descobrir, processar, compreender, organizar e partilhar experiências com João Ferreira, da Associação Cultural CISMA, que trabalha pelo desenvolvimento da comunidade artística da cidade da Covilhã, Ana Vulcão, coordenadora e co-programadora do Festival Pé na Terra que cria um intercâmbio entre grupos e artistas de países de língua oficial portuguesa, e o músico Edgar Valente, que faz parte de diversos projetos artísticos
Percurso Interpretativo da Biodiversidade
Em parceria com a 30POR1LINHA – Associação Sociocultural e Ambiental, realizam-se percursos que proporcionam a descoberta do património natural de Cem Soldos através de uma incursão por diversos locais da aldeia identificando a fauna e flora que se vai revelando a cada passo. Uma forma de proporcionar a descoberta da biodiversidade, bem como o enriquecimento educativo de comunidades relativamente ao património natural da região
Cem Soldos para além do BONS SONS
Dando a conhecer o lado menos visível do festival e da aldeia, Ana Bento e Bruno Pinto convidam os visitantes a fazerem um percurso sonoro, munidos de auscultadores. Cem Soldos para Além do BONS SONS é uma viagem por entre as pedras, os canteiros e as portas que contaminam e se deixam contaminar pelo BONS SONS para revelar as histórias escondidas por entre a História e desvendar os segredos de quem habita no local o ano inteiro
Olhar a Rua
Habitar a Rua é o mote que serve o pensamento por trás da edição do BONS SONS desde 2020. No verão desse ano, a equipa de comunicação do festival organiza uma oficina com a comunidade de Cem Soldos, que procurava ser um ponto de partida para a imagem do eventual festival de 2021. Caminhou-se pelas ruas da aldeia, em busca de sombras. Dedicando o olhar a como habitavam o espaço, e capturando-as num conjunto de colagens, registadas pelo sol em cianotipias. Aqui, mostra-se a origem da imagem gráfica do BONS SONS 2022
Operários da Cultura
Operários da Cultura é uma exposição coletiva que regista a aldeia, as pessoas e as montagens que acontecem em Cem Soldos nos dias que antecedem a realização do BONS SONS 2022. Isto acontece pelo olhar do fotógrafo João Gigante, com o projeto “viste?” e também com materiais realizados pela equipa do festival, com áudio e vídeo de conversas captadas na aldeia sobre e a propósito do regresso do BONS SONS, após dois anos de paragem. Com esta exposição, é dado também a conhecer um novo espaço do festival: a Casa Sem Tecto Amália.
Dispersos pelo Centro
Tiago Pereira convida o geógrafo e autor Álvaro Domingues para uma viagem pelas Terras da Chanfana. Este documentário (2021) retrata um presente sem a presunção de adivinhar o seu futuro nem o saudosismo de um passado ido, debruçando-se sobre a questão do que é o território
Oficina de Taumatrópios
Ainda relacionado com o Curtas em Flagrante, há uma Oficina de Taumatrópios (brinquedos óticos), onde se explora o conceito de frame e vão construir-se brinquedos óticos
Curtas em Flagrante
Este ano, a mostra de cinema itinerante de língua oficial portuguesa Curtas em Flagrante regressa ao BONS SONS com quatro sessões: duas para adultos e duas para crianças.